
Petrúcio Maia
Salvino Petrúcio Mesquita Maia, foi pianista, compositor, ator, cantor e produtor cultural. Nasceu em Fortaleza, Ceará em 21 de Agosto de 1947.
Último dos oito filhos dos alagoanos Salvino da Costa Maia e Maria da Conceição Mesquita Maia e o único nascido no Ceará. Tendo as primeiras lições de piano em casa, com as irmãs, e estudado o instrumento com o mesmo afinco com que se dedicava às leituras escolares, Petrúcio se tornou um dos principais protagonistas do cenário musical formado no Estado nos anos 60 e 70, gestado a partir dos espaços universitários, teatros, bares e da TV Ceará, Canal 2.
Descobrindo-se compositor em meio a esse contexto de efervescência cultural e inquietude criativa, Petrúcio compôs canções com diversos colegas de geração. Com destaque para o arquiteto e poeta Antônio Brandão, com quem assinou clássicos como "Acorda e sorri", "Pé de sonhos" e "Estrada de Santana". Entre outros de seus vários parceiros estão Fausto Nilo (em "Dorothy L´amour" e "Frenesi", esta também com Francisco Casaverde), Augusto Pontes (em "Lupiscínica"), os piauienses Climério ("Conflito") e Clôdo ("Cebola cortada") e o baiano Capinan ("Passarás, passarás, passarás"). Canções que ganharam o Brasil na voz de intérpretes como Ednardo e principalmente Raimundo Fagner.
Sua obra inclui ainda canções com letra e música do próprio Petrúcio, como "Risada do diabo", "Sertão azul" e "Batuquê de praia", registrada em compacto nas vozes de Fagner e Zico.
Mesmo com toda essa produção, Petrúcio deixou poucos discos solo. Gravou os álbuns "Melhor que mato verde", de 1980, e "Cantos do Planeta", lançado postumamente em 1996, registrando as parcerias do cearense com a esposa, a cantora e compositora mineira Bigha Maia. Portador do vírus HIV, Petrúcio faleceu em Fortaleza, em 6 de maio de 1994. Parte de sua obra permanece inédita, esperando que se concretizem projetos para novos registros de suas canções.
Residiu por longa data no Rio de Janeiro e em São Paulo, compondo e divulgando as músicas feitas sozinho ou com seus parceiros tais como: José Carlos Capinam, Clodo Ferreira, Belchior, Fausto Nilo, Bigha Maia, Climério, Brandão, Augusto Pontes, entre outros.