Pedro de Queirós

Pedro de Queirós

Voltar

Nasceu Pedro Tomás de Queirós Ferreira na cidade de Beberibe no dia 5 de setembro de 1854, e faleceu em Fortaleza no dia 12 de julho de 1918. Era bacharel em Direito, magistrado, jornalista e historiador. Pertenceu à Academia Cearense de Letras (cadeira n.° 6), que ajudou a fundar.

Na época em que nasceu, Beberibe fazia parte do município de Cascavel. Filho de Laurentina de Queirós (Lima) Ferreira, através de quem, era primo-tio da também escritora Raquel de Queirós. Em 12 de novembro de 1880, formou-se em Direito pela Faculdade de Recife.

Quando estudante de preparatórios, redigiu em Fortaleza, com Clóvis Beviláqua, Paula Nei, Gil Amora e João Edmundo, o jornal E Pur Se Mouve. Em Recife redatoriou, com Antônio Augusto, Virgílio Brígido, Gil Amora, Tarquínio de Sousa Filho e José Augusto de Sousa Amaranto, o Ensaio Jurídico e Literário, colaborou no Academus, Revista de Pernambuco e Província de Pernambuco e foi relator da comissão da redação do órgão do Clube Liberal Acadêmico e um dos oradores das solenidades promovidas por ocasião da passagem do centenário de Camões.

Em 15 de agosto de 1894, junto com o Barão de Studart, Antônio Augusto de Vasconcelos, Tomás Pompeu de Sousa Brasil Filho, entre outros, fundou a Academia Cearense de Letras, que precedeu à Academia Brasileira de Letras.

Exerceu no Ceará os cargos de juiz municipal de Baturité, chefe de polícia na antiga província (ocupando o cargo interinamente quando no fim do regime monárquico) e, depois, no estado, e desembargador do Tribunal da Relação. Manteve em Baturité o periódico O Tempo, com Pedro Sombra e Pedro Catão, e colaborou vastamente na imprensa da capital.

Após ser desapossado do cargo de desembargador por ter participado da sedição ao presidente estadual José Clarindo de Queirós, retirou-se da vida pública, tendo falecido aos 64 anos incompletos.