Emiliano Queiroz

Emiliano Queiroz

Nasceu Emiliano de Guimarães Queiroz, em Aracati, no dia 01 de janeiro de 1936. É ator, radialista, locutor, radioator, autor, diretor e roteirista cearense.

Quando tinha 4 anos, seu pai o levou para assistir a O Mártir do Gólgota, peça de Henrique Perez Escrich, despertando definitivamente a sua vocação. Aos 10 anos, sua família se mudou para Fortaleza. Decidido a seguir a carreira artística, aos 14 anos entrou para o Teatro Experimental de Arte, uma importante companhia cearense. Pouco depois, começou a trabalhar na Ceará Rádio Clube. Aos 17 anos, pegou carona num caminhão e foi para São Paulo, onde chegou a fazer pequenos papéis em peças como O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Três anos mais tarde, voltou para Fortaleza, onde trabalhou por dois anos como ator, humorista, apresentador de programas, produtor, cenógrafo e contrarregra na TV Ceará. Fez parte da primeira turma de formandos do curso de Artes Dramáticas da Universidade Federal do Ceará. A partir de 1964, Emiliano participou de inúmeras telenovelas, minisséries e filmes.

No cinema, atuou em Independência ou Morte (1972), dirigido por Carlos Coimbra; O Grande Mentecapto (1989) e Tiradentes (1999), no papel do poeta Cláudio Manuel da Costa, ambos dirigidos por Oswaldo Caldeira; O Xangô de Baker Street (2001), dirigido por Miguel Faria Júnior; Madame Satã (2002), dirigido por Karim Aïnouz; Casa de Areia (2005), dirigido por Andrucha Waddington, entre outros. Ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado por uma participação de três minutos no filme Stelinha (1990), de Miguel Faria Jr.

Na televisão, foi um dos pioneiros que inaugurou a TV Ceará, depois passou pela TV Cultura e TV Paulista, até chegar à Rede Globo, onde foi convidado por Glória Magadan a escrever Anastácia, a Mulher sem Destino. Entre as inúmeras novelas das quais participou, destacam-se: O Bem-Amado, tanto na novela (1973), quanto na série (1980), onde se consagrou com o personagem Dirceu Borboleta; Pai Herói (1979); Cambalacho (1986); As Filhas da Mãe (2001); Senhora do Destino (2004), entre outras. Em 2014 interpretou Padre Santo em Meu Pedacinho de Chão.

O ator teve também significativas participações em minisséries como Tenda dos Milagres (1985), de Aguinaldo Silva e Regina Braga, baseada na obra de Jorge Amado; Abolição (1988), de Wilson Aguiar Filho e Walter Avancini; Tereza Batista (1992), de Vicente Sesso, a partir do romance de Jorge Amado; Um Só Coração (2004), de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira; e Hoje é Dia de Maria (2005), de Luís Alberto de Abreu, como o diabo Asmodeu. Em Cinquentinha (2009) e sua série derivada, Lara com Z (2011), ambas de Aguinaldo Silva, interpretou o mordomo Sebastião Batista. Em 2014, o ator fez o Alfredinho no seriado Doce de Mãe.

No teatro, destacam-se papeis como o travesti Geni em “Ópera do Malandro” (de 1979, cujo tema musical é a famosa “Geni e o Zepelim”, de Chico Buarque), Veludo em “A Navalha na Carne” (1969), de Plínio Marcos, e Tonho, um dos “Dois Perdidos Numa Noite Suja” (1971), também de Plínio Marcos.

Desde agosto de 2012, Emiliano está em cartaz no Teatro dos Quatro, no Shopping da Gávea (RJ), com a peça autobiográfica "Na Sobremesa da Vida", que nasceu a partir de sua biografia publicada na série Aplauso (da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo).

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