Parsifal Barroso

Parsifal Barroso

Nasceu José Parsifal Barroso em Fortaleza no dia 5 de julho de 1913, e faleceu em Fortaleza no dia 21 de abril de 1986. Foi advogado, professor, jornalista e político.

Iniciou seus estudos no Liceu do Ceará entre 1925 e 1929. Concluido o secundário, matriculou-se na Faculdade de Direito do Ceará. Ainda em 1930 concorreu à cadeira de livre-docente de química do Liceu com a tese As teorias de Geber, que viria a publicar em 1939. A congregação daquele estabelecimento, porém, não aceitou sua inscrição, por ser o candidato menor de 21 anos de idade. Em abril de 1931 foi nomeado catedrático interino de alemão no mesmo liceu, matéria que continuou lecionando até 1934, ingressando, assim, definitivamente no magistério. Foi também professor de química e de história natural enquanto estudava direito. Como acadêmico, fundou, promoveu e presidiu uma Organização de Universitários Católicos. Em dezembro de 1933 bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais, sendo escolhido orador da turma.

Em 1935 foi nomeado procurador secional do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC). No ano seguinte foi eleito deputado classista à Assembleia Legislativa do Ceará, representando o professorado e os empregados do comércio, indústria e transportes. Permaneceu na Assembléia até o advento do Estado Novo, que suprimiu os órgãos legislativos do país, e a partir de então passou a dedicar-se à advocacia e ao magistério. Em 1937 representou o Ceará no III Congresso Sul-Americano de Química, tendo sido eleito secretário da seção de ensino de química. Em 1939 ingressou na Ação Católica Brasileira de Fortaleza e, no ano seguinte, passou a ser dirigente da entidade, colaborando com Dom José Gaspar de Afonseca e Silva, então arcebispo de São Paulo, na organização da Ação Católica do Maranhão. Ainda em 1940, foi designado pelo Ministério da Educação examinador do concurso para a cadeira de economia política da Faculdade de Direito do Ceará. Tornando-se professor de Filosofia e Ciências Econômicas da Faculdade de Filosofia e Ciências Econômicas do Ceará. Foi também sócio-fundador e primeiro presidente do Sindicato de Professores daquele estado e membro do Instituto do Nordeste. Como advogado, ocupou os cargos de presidente da Comissão Mista de Conciliação e Julgamento de Fortaleza e de procurador da Previdência Social do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.

Com a volta do país à normalidade democrática, após a deposição de Getúlio Vargas e a eleição do general Eurico Dutra para a presidência da República em 2 de dezembro de 1945, no pleito de janeiro de 1947 elegeu-se deputado constituinte pelo Ceará na legenda do Partido Social Democrático (PSD). Participou da elaboração da Constituição do Ceará e após sua promulgação passou a exercer o mandato ordinário. Foi eleito primeiro-secretário quando da recomposição da mesa, função à qual renunciou posteriormente. Participou das Comissões de Educação e Cultura e de Finanças e Orçamento da Assembléia. Em 1949 abandonou o magistério, dedicando-se, daí em diante, apenas à carreira política.

No pleito de 3 de outubro de 1950, que elegeu Getúlio Vargas presidente da República, foi eleito deputado federal pelo Ceará na legenda do PSD, assumindo sua cadeira em fevereiro do ano seguinte, após deixar a Assembléia de seu estado. Nessa legislatura foi membro da Comissão de Finanças, sendo o relator do Plano de Valorização da Amazônia.

Ingressando no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), elegeu-se senador pelo Ceará em outubro de 1954, como candidato da coligação formada pelo PTB, a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Republicano (PR). Tendo concluído o mandato de deputado federal em 31 de janeiro de 1955, assumiu, no dia seguinte, a cadeira no Senado. Com a posse de Juscelino Kubitschek na presidência da República em janeiro de 1956, foi nomeado Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, fato que o afastou do Senado por dois anos e meio.

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